Zero Trust na Era de IA
- Netconn
- 21 de mai.
- 3 min de leitura
Zero Trust continua essencial, mesmo na era da IA. Entenda por que e como colocá-lo em prática.

Entre os estandes imponentes e a enxurrada de termos sobre IA, um ponto também se destacou no evento da RSA: as conversas com líderes de segurança fazendo perguntas cruciais.
“E se não conseguirmos impedir todas as violações? O que fazemos depois?”
Essa mudança de mentalidade, da prevenção total para a preparação e contenção, esteve presente em diversas conversas que Gary Barlet, CTO do Setor Público da Illumio, teve durante a RSA 2025, como relatado por ele na matéria "Awareness of Zero Trust Shifting from ‘What Is It?’ to ‘How Do I Achieve It?’". É justamente por isso que o Zero Trust, especialmente a microssegmentação, continua ganhando força.
Zero Trust Continua Avançando
Em relação ao ano anterior, percebeu-se um crescimento sutil nas comunicações voltadas ao Zero Trust. Não foi o tema mais barulhento, mas o Zero Trust está se mantendo firme por um motivo: As pessoas não estão mais perguntando: “O que é Zero Trust?”, e sim: “Como eu coloco isso em prática?”
Há uma conscientização crescente de que não podemos evitar todas as violações. Então, a pergunta passa a ser: o que acontece depois? E é aí que o Zero Trust se destaca.
Segmentação, acesso com privilégios mínimos e visibilidade, não são apenas princípios, são a estratégia para sobreviver a uma violação e conter os danos.
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Segmentação Sobe na Lista de Prioridades
Este ano, muito mais líderes de segurança estavam falando seriamente sobre segmentação, não como um item de checklist de conformidade, mas como uma necessidade real.
Empresas de todos os setores, tamanhos e localizações estão começando a aceitar uma verdade difícil: você não pode impedir todos os atacantes de entrarem. Mas pode impedir que avancem muito.
Significa adotar uma abordagem preventiva, estruturando o ambiente para limitar acessos e segmentar sistemas antes que ocorra uma violação. Segmentação é o coração de uma estratégia Zero Trust, e é animador ver que finalmente está recebendo a atenção que merece.
Observabilidade Transforma Dados em Decisões
Todos querem fazer mais com menos, isso é universal.
As equipes de segurança estão cansadas de vasculhar logs e painéis tentando descobrir o que realmente importa. Há mais dados de segurança do que nunca, e isso está nos atrasando.
Se você consegue destacar os maiores riscos em minutos e mostrar como eles se conectam entre domínios, está ajudando as equipes a saírem do modo reativo e entrarem no modo proativo.
E é aí que a observabilidade se torna um facilitador do Zero Trust. Você não pode aplicar o que não consegue ver.
A IA nos Ajuda... mas Ajuda os Atacantes Também
A IA estava por toda parte na RSAC este ano. Quase todos os estandes a mencionaram, mas quase ninguém estava falando sobre a IA sob a perspectiva dos atacantes. E isso é preocupante.
Precisamos parar de fingir que essa é uma disputa justa, especialmente à medida que a IA evolui rapidamente. Os agentes de ameaça não precisam seguir regras, ética ou normas de conformidade.
Se defensores e atacantes estão usando a mesma tecnologia, e um lado não tem limites... adivinha quem sai ganhando?
“Os líderes de segurança cibernética precisam começar a pensar em como se defender de ataques impulsionados por IA, e não apenas como implementar IA em suas próprias ferramentas.” Gary Barlet, CTO do Setor Público
A boa notícia é que o Zero Trust nos oferece um modelo que se adapta sem precisar ser reinventado a cada novidade. Fundamentos como acesso com privilégios mínimos e segmentação robusta não mudam. Trata-se de construir uma resiliência duradoura.
Integre, Não Substitua Tudo
Depois de uma semana na RSAC, é fácil sair de lá com centenas de novas ideias e uma lista de ferramentas brilhantes. Mas um bom conselho é: respire fundo.
Primeiro, olhe para o que você já tem. Depois, pergunte-se como qualquer nova ferramenta pode se integrar ao seu ecossistema atual. Zero Trust não é sobre jogar tudo fora e IA não é a resposta para todos os desafios de cibersegurança.
No fim das contas, segurança cibernética não é apenas sobre impedir violações. É sobre resiliência. E o Zero Trust ainda é a melhor estratégia que temos para alcançar isso, independentemente das ameaças ou tecnologias que venham a seguir.
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