A Realidade Injusta dos Incidentes Cibernéticos

Por que as equipes de segurança não podem ser os bodes expiatórios?

Incidentes de segurança cibernética são, infelizmente, uma realidade inevitável no mundo digital em que vivemos. Mas o que acontece quando algo dá errado?

Segundo um recente artigo da SecurityWeek, o peso das consequências recai, com frequência injusta, sobre as equipes de segurança – mesmo quando essas equipes fazem tudo certo.

O preço pago pelas pessoas na linha de frente

O estudo citado na matéria mostra um dado alarmante: 80% dos profissionais de segurança relataram consequências negativas em suas carreiras após um incidente cibernético. E mais da metade desses profissionais disseram que sofreram impacto direto em sua reputação ou até perderam seus empregos.

Isso acontece mesmo quando os ataques ocorrem por falhas organizacionais mais amplas, como falta de orçamento, processos ineficientes ou decisões estratégicas equivocadas. Ou seja, os times de segurança pagam a conta por problemas que muitas vezes estão fora do seu controle direto.

Um exemplo simples: quem realmente tem culpa?

Imagine um amigo seu que pega estrada todo final de semana para surfar. Um dia, o carro dele quebra no meio da serra. Ele chama o guincho, paga o conserto e no final, ainda leva uma bronca do chefe por ter perdido o expediente da segunda-feira. Mas ninguém pergunta: o carro tinha manutenção em dia? A estrada estava em boas condições? Será que o carro era adequado pra esse tipo de trajeto?

A culpa caiu toda no motorista, mesmo que ele tivesse feito tudo certo.

Com as equipes de segurança acontece algo parecido. Elas podem estar alertando há meses sobre riscos, pedindo mais recursos ou sugerindo mudanças de processo, mas no fim, quando algo falha, o dedo apontado vai direto pra elas.

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Segurança é um esforço coletivo, não um setor isolado

É comum que empresas tratem a segurança como uma área à parte, com responsabilidades isoladas. Mas esse pensamento cria uma falsa sensação de responsabilidade única: se algo der errado, a culpa é automaticamente da equipe de segurança.

A realidade é bem diferente. A segurança começa com uma cultura de confiança, colaboração e responsabilidade compartilhada. Quando todos — da liderança até o operacional — entendem que proteger a organização é um esforço coletivo, os resultados são mais sólidos e o ambiente se torna mais justo.

O papel da liderança na mudança de cultura

A cultura organizacional é definida, em grande parte, pela liderança. Quando um CISO ou analista de segurança é responsabilizado publicamente por um ataque, isso envia uma mensagem perigosa: a de que errar é imperdoável, mesmo em cenários complexos e imprevisíveis.

Empresas que adotam uma abordagem mais madura sabem que transparência, aprendizado contínuo e apoio institucional são essenciais. Em vez de procurar culpados, o foco deve estar em aprender com os incidentes, fortalecer os processos e garantir que a equipe de segurança tenha voz ativa nas decisões de negócios.

Conclusão: apoiar os profissionais de segurança é proteger a empresa

Num cenário em que as ameaças crescem em volume e sofisticação, as equipes de segurança precisam de apoio, não de desconfiança. Apostar em uma cultura justa, onde erros são analisados com maturidade e as pessoas são valorizadas, é um passo essencial para uma segurança mais eficaz e sustentável.

Afinal, quando a culpa recai injustamente sobre quem está tentando proteger a organização, todos perdem.

Nossa equipe está pronta para ajudar sua organização a evoluir com confiança e segurança. Quer construir uma cultura de segurança mais justa, colaborativa e eficiente? Fale com a Netconn.

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